Crédito via FIDC: uma excelente alternativa para sua empresa

O FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) vem se consolidando como uma das soluções financeiras mais estratégicas para empresas que desejam otimizar o fluxo de caixa, reduzir riscos de inadimplência e acessar capital de giro de forma ágil.
Para diretores financeiros que enfrentam desafios com restrições de crédito, atrasos de pagamentos e necessidade de liquidez, compreender o funcionamento de um FIDC é fundamental para tomar decisões inteligentes e seguras.
Segundo dados recentes, as emissões de FIDCs somaram R$157,7 bilhões no primeiro semestre de 2025, estabelecendo um recorde histórico no mercado brasileiro, com destaque para o mês de junho, que registrou o maior volume mensal já emitido.
Esses números refletem o crescente interesse de empresas e investidores nesse tipo de operação, evidenciando a confiabilidade e relevância do mercado de FIDCs no Brasil.
Neste guia completo, abordaremos o que são os FIDCs, como funcionam, suas vantagens, desafios, oportunidades e estratégias para investir ou negociar direitos creditórios, incluindo uma sessão final de perguntas frequentes para esclarecer todas as dúvidas.
Os FIDCs são conhecidos por serem meios de investimento coletivo ou de capital próprio que concedem crédito tendo como garantia ativos financeiros de empresas provenientes de contratos como duplicatas, cheques, contratos de financiamento, imóveis, recebíveis de fornecedores, entre outros.
Isso porque, além de serem instrumentos de investimento, no qual é possível adquirir direitos creditórios, os FIDCs podem funcionar em duas modalidades:
As duas são voltadas para negociar recebíveis de empresas, que procuram o fundo para obter liquidez em troca de uma promessa de pagamento futuro.
A busca por essa fonte de crédito tem crescido bastante no Brasil, principalmente com a consolidação das fintechs no mercado nacional. Segundo o Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliário (CVM), as emissões de FIDCs cresceram 84% no ano passado.
A estrutura de um FIDC envolve três partes principais:
Para gerenciar o risco e a liquidez, os FIDCs são frequentemente estruturados em tranches, que são diferentes níveis de prioridade no recebimento dos pagamentos dos direitos creditórios. As tranches, nos casos de capital aberto, são usadas para gerenciar e distribuir o risco entre os investidores de acordo com suas preferências e tolerâncias ao risco.
Os critérios da política de crédito dos FIDCs de capital próprio são cuidadosamente pensados para gerir as oportunidades que se alinhem aos seus objetivos de rentabilidade e segurança. Esse processo inclui a avaliação detalhada da solvência dos devedores, a análise das condições de pagamento e a projeção de fluxos de caixa futuros.
Além disso, a precificação do risco é um elemento crucial na operação dos FIDCs de capital próprio. E, para calcular o valor dos direitos creditórios, são considerados fatores como a qualidade do crédito, a taxa de inadimplência, o tempo de recuperação e as condições econômicas gerais.
Nesse contexto, as seniores têm prioridade sobre os pagamentos, mas oferecem retornos menores, enquanto as tranches subordinadas têm maior risco e, portanto, maiores retornos potenciais.
Um direito creditório é o direito de receber um valor futuro devido por um cliente ou devedor, normalmente resultante de vendas a prazo, prestação de serviços ou outros contratos financeiros.
No contexto de FIDCs, os direitos creditórios são a matéria-prima do fundo, pois é com eles que o fundo gera receita e remunera seus investidores. A importância de compreender os direitos creditórios inclui:
A securitização é o processo pelo qual os direitos creditórios são transformados em ativos financeiros negociáveis. Envolve várias etapas e proporciona benefícios tanto para as empresas cedentes quanto para os investidores como, por exemplo:
Esse mecanismo permite que as empresas cedentes obtenham liquidez de forma mais rápida e eficiente, ao mesmo tempo em que oferecem aos investidores uma oportunidade de diversificação de seus portfólios.
Vale ressaltar que os investidores, por sua vez, assumem o risco de crédito associado aos direitos creditórios, mas podem obter retornos atrativos como compensação.
De maneira direta, a securitização, portanto, transforma créditos de baixa liquidez em ativos financeiros negociáveis, criando um ambiente dinâmico para o financiamento de empresas e a diversificação de investimentos.
Mas afinal, como funciona um FIDC? O funcionamento do fundo pode ser entendido em um fluxo de etapas que envolvem desde o diagnóstico dos direitos creditórios até a gestão contínua e liquidação das operações.
Primeiro, a empresa cedente realiza um diagnóstico interno para identificar quais contas a receber podem ser transformadas em liquidez. Isso inclui avaliar o volume de recebíveis, o perfil dos clientes devedores (sacados), a frequência de inadimplência, os custos internos de cobrança e a urgência de capital de giro.
Em seguida, define-se o tipo de FIDC ideal: aberto ou fechado. Nesse momento também são discutidas as regras da operação, como as condições de cessão de crédito, estrutura de cotas (sênior, mezanino, subordinada), prazos de vencimento e limites de concentração de risco.
A empresa participa ativamente da negociação, enquanto o administrador do fundo estrutura juridicamente o regulamento, prospecto e documentos necessários para captar investidores.
Na etapa de avaliação é feita a precificação dos direitos creditórios. Isso significa calcular o valor presente dos recebíveis cedidos, levando em conta o prazo para pagamento e o risco de inadimplência.
A empresa simula os impactos financeiros da operação e compara com outras alternativas, enquanto o gestor do fundo avalia a carteira e define se os créditos serão adquiridos.
Após a aprovação, é feita a cessão formal dos créditos. A empresa e o FIDC assinam os contratos, notificam os sacados quando necessário e formalizam a transferência dos direitos. A partir desse ponto, o fundo passa a ser o titular dos recebíveis.
Durante a operação, o gestor do fundo acompanha os pagamentos, faz a cobrança, registra a inadimplência e entrega relatórios periódicos de desempenho. A empresa acompanha o desempenho da carteira, o impacto no fluxo de caixa e o retorno da operação, enquanto os investidores recebem os rendimentos conforme a estrutura de cotas definida.
Por fim, ocorre a liquidação do fundo ou amortização das cotas, conforme previsto em contrato. Os cotistas recebem os valores devidos e a empresa pode realizar novas operações de cessão, se desejar manter a estratégia de capital recorrente via FIDC.
A Matriz FIDC pode se referir a diferentes aspectos classificatórios de um fundo, incluindo tipo de carteira, perfil de risco e limites de concentração. Aqui vão os mais relevantes:
O FIDC NPL2 aparece como expressão relacionada a FIDC não padronizados, especialmente ao que se refere a créditos problemáticos (NPL = Non‑Performing Loansou créditos não performados / inadimplentes ou em atraso).
Há alguns pontos importantes:
Dependendo de como foi estruturado, um FIDC NPL2 pode ser adequado para empresas que precisam baixar a exposição ao risco de crédito castigado, ou que queiram fazer um “cleanup” de carteiras de recebíveis mais deterioradas.
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios se destacam em alguns aspectos por oferecerem vantagens competitivas únicas.
Primeiramente, os FIDCs permitem que as empresas monetizem seus direitos creditórios, transformando os recebíveis em liquidez imediata sem aumentar seu endividamento.
Isso contrasta com os empréstimos bancários, nos quais as empresas assumem novas dívidas que devem ser pagas com juros, aumentando o passivo e limitando potencialmente a capacidade de obter mais crédito no futuro. Além disso, a securitização através dos FIDCs proporciona uma diversificação do risco.
Em ambos os casos — bancos ou FIDCs — o risco pode ser calculado a partir de uma série de variáveis: risco da carteira de clientes, histórico do pagador, condições de mercado, etc.
Nos empréstimos bancários e FIDCs de capital próprio, por exemplo, o risco está concentrado nas próprias instituições, enquanto as de capital aberto negociam os direitos creditórios com o mercado, que realiza os aportes de acordo com o seu perfil de risco, resultando em condições mais favoráveis para a empresa cedente.
Outra vantagem dos FIDCs em relação às linhas de crédito tradicionais é a flexibilidade.
As linhas de crédito tradicionais geralmente possuem limites rígidos e condições específicas de solicitação, enquanto os FIDCs podem ser estruturados de forma a atender necessidades específicas de fluxo de caixa, que representa uma solução pensada sob medida para a empresa.
Em uma indústria tão dinâmica quanto a de transformação, entender a importância do financiamento é fundamental para impulsionar o crescimento e a inovação.
Nesse sentido, ao optar por um FIDC, sua empresa pode desfrutar de maior flexibilidade e personalização nos termos de financiamento do que financiamentos mais tradicionais.
Ao diversificar suas fontes de financiamento, você pode mitigar os riscos associados à volatilidade do mercado e garantir uma base sólida para sustentar o crescimento a longo prazo. E, além disso:
Um dos principais atrativos dos FIDCs é que eles oferecem uma fonte adicional de capital de giro, essencial para cobrir despesas operacionais, como compra de matéria-prima, pagamento de fornecedores e despesas salariais.
Além disso, esse financiamento pode ser fundamental para aproveitar oportunidades de investimento de curto prazo, como atualizações de equipamentos, expansão da capacidade de produção ou lançamento de novos produtos.
Os FIDCs permitem que a empresa diversifique suas fontes de financiamento, reduzindo a dependência de empréstimos bancários tradicionais e de outras formas de crédito. Isso proporciona uma maior resiliência financeira e flexibilidade para explorar diferentes oportunidades de financiamento.
Essa flexibilidade pode incluir prazos de pagamento mais longos, estruturas de amortização personalizadas e até mesmo taxas de juros competitivas, contribuindo para a otimização do fluxo de caixa e a maximização dos investimentos em crescimento e inovação.
E, pelo fato de esses fundos normalmente terem uma estrutura mais enxuta e flexível, você contará com mais agilidade na tomada de decisões.
Ao vender direitos creditórios para uma FIDC, a empresa pode converter ativos de longo prazo em caixa de curto prazo.
Isso ajuda a melhorar o fluxo de caixa da empresa, com recursos para financiamento, e ainda reduz o risco de crédito, transferindo o risco de inadimplência dos clientes para o fundo e diversificando.
Em períodos de incerteza econômica, os FIDCs podem fornecer uma fonte estável de liquidez, auxiliando a empresa a manter suas operações e cumprir com suas obrigações financeiras, mesmo quando as condições de crédito são restritivas.
Quando você converte direitos creditórios em caixa imediato, há mais liquidez para a empresa, permitindo que ela tenha mais recursos disponíveis para suas necessidades financeiras, sem que contraia grandes dívidas.
Isso melhora os índices de liquidez, como o corrente e o imediato, proporcionando uma visão mais saudável da capacidade da empresa de cumprir suas obrigações de curto prazo.
Além disso, ao antecipar recebíveis e reduzir a dependência de empréstimos bancários, você terá uma menor alavancagem financeira, refletida em um menor índice de endividamento, menos risco financeiro e maior a estabilidade da empresa a longo prazo.
Como você notou, os FIDCs ajudam a agilizar a aquisição de recursos financeiros. Porém, também é importante lembrar que existe uma regulamentação dos FIDCs pela Comissão de Valores Mobiliários que oferece uma camada adicional de proteção.
A CVM estabelece normas rígidas para a constituição e operação dos FIDCs, como a Instrução CVM 489, que garantirá transparência, governança e conformidade com as melhores práticas.
Ao optar por um crédito via FIDC você obtém um atendimento consultivo especializado no assunto e uma operação personalizada e customizada às suas necessidades.
Assim, contar com uma instituição especialista em FIDCs permite que você tenha ainda mais rapidez, liquidez e taxas competitivas, permitindo que o seu retorno seja rápido e seguro!
Embora muitos FIDCs sejam apresentados como instrumento para empresas que querem vender seus recebíveis, também há oportunidade para sua empresa investir ou estruturar/participar de fundos de outras formas — dependendo do tamanho, perfil e experiência. Aqui vão benefícios e desafios sob sua perspectiva:
Com exceção do tipo de investidor, os FIDCs de capital aberto e fechado são bem parecidos. Contudo, há uma grande vantagem do FIDC de capital próprio. É possível negociar direto com quem está investindo, sendo a própria instituição que faz o empréstimo.
Isso fornece a vantagem de negociar condições ainda mais personalizadas para sua empresa e não apenas aquelas definidas pelas forças de mercado. Dentro dessa personalização do FIDC de investimento fechado, você:
Ao considerar opções de crédito, é essencial conhecer as diferenças entre operações geradas via FIDCs e aquelas geradas em demais bancos do sistema financeiro.
FIDCs são uma alternativa interessante porque permitem que as empresas transformem seus recebíveis em capital de giro, o que é um movimento valioso para ter mais liquidez.
Atenção aos prazos e taxas de juros, apesar de serem frequentemente mais atrativas que financiamentos tradicionais, sua empresa pode ter custos de captação menores, um fluxo de caixa mais estável e previsível.
Mas, antes de tudo, você deve conhecer e diagnosticar as necessidades da sua empresa e qual é o plano estratégico que você deseja colocar em prática. Em outras palavras, você, empreendedor, deve saber onde o seu negócio deve chegar e o que deve ser feito para isso.
Em tempo: se você ainda não tem essa clareza na sua mente, não se preocupe! Nosso time está aqui para ajudar.
A classificação de risco das tranches de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios é um processo que afeta tanto os investidores quanto a empresa emissora dos direitos creditórios.
Essa classificação é realizada por agências de rating independentes e baseia-se em uma série de critérios que avaliam a qualidade e a probabilidade de adimplência dos créditos que compõem o fundo.
Conheça alguns deles:
Para os investidores, a classificação fornece uma indicação da segurança e qualidade dos ativos, ajudando-os a tomar decisões sobre quais tranches investir, considerando seu perfil e objetivos.
Tranches com classificação mais alta são consideradas menos arriscadas e oferecem retornos menores, enquanto tranches com classificação mais baixa apresentam maior risco, mas potencial de retorno mais elevado.
Isso influencia diretamente a estratégia de diversificação e gestão de risco dos investidores.
Para a empresa emissora, a classificação de risco afeta o custo de capital, a liquidez dos ativos e o acesso ao mercado. Tranches de risco mais baixo atraem mais investidores com taxas de retorno menores, o que reduz o custo de financiamento.
Além disso, uma boa classificação melhora a reputação da empresa, uma vez que demonstra sua capacidade de gerar créditos de alta qualidade e facilita futuras operações de securitização.
Grandes empresas de diversos setores podem utilizar os fundos de direitos creditórios como uma ferramenta estratégica para negociar os seus recebíveis e transferir o risco das vendas a prazo para as instituições financeiras.
Empresas de varejo, por exemplo, frequentemente têm um volume significativo de vendas a prazo, gerando direitos creditórios substanciais.
Ao securitizar os créditos por meio de um FIDC, a empresa pode converter rapidamente esses recebíveis em liquidez imediata, a fim de otimizar seu fluxo de caixa sem endividamentos. Isso abre espaço para investimentos de expansão, inovação ou outras necessidades operacionais com mais flexibilidade.
No setor de agronegócio, no qual os ciclos de produção e vendas podem ser longos e sazonais, as grandes empresas usam FIDCs para obter recursos antecipados sobre as vendas futuras.
Isso proporciona uma base financeira para suportar as operações durante os períodos de produção e colheita.
Empresas de telecomunicações e tecnologia, que geralmente têm contratos de longo prazo com clientes, podem utilizar FIDCs para monetizar os pagamentos futuros desses contratos.
Ao transformar esses recebíveis em caixa imediato, essas empresas conseguem financiar novos projetos, melhorar a infraestrutura ou aumentar o capital de giro sem comprometer as contas a pagar.
Para quem planeja vender os direitos creditórios da empresa para FIDCs, algumas considerações podem ser úteis para garantir uma preparação que ajudará a maximizar os benefícios. Aqui estão algumas sugestões:
Os FIDCs são mais do que apenas instrumentos financeiros — são ferramentas estratégicas para empresas que desejam transformar ativos em liquidez, sem aumentar seu endividamento ou comprometer a saúde financeira.
Para diretores financeiros, que lidam diariamente com restrições de crédito, instabilidade no fluxo de caixa e riscos de inadimplência, entender e utilizar os FIDCs pode representar uma virada na gestão do capital.
Ao optar por esse modelo, sua empresa pode conquistar maior previsibilidade financeira, acelerar o ciclo operacional e obter recursos para crescer mesmo em cenários de incerteza. Com o suporte certo, é possível realizar operações seguras, sob medida e com retorno real para a companhia.
No Daniele Banco, oferecemos soluções sob medida em crédito, antecipação de recebíveis e gestão de riscos. Nossa abordagem consultiva garante que você tenha clareza e segurança em todas as etapas da operação com FIDC.
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Perguntas frequentes
São valores que sua empresa tem a receber no futuro — duplicatas, contratos, cheques, parcelas de vendas a prazo, contratos de prestação de serviço etc. Ceder esses direitos é transferir esse recebimento para o fundo, em troca de pagamento antecipado.
Refere‑se a fundos que operam com direitos creditórios não performados ou com risco elevado de inadimplência. “NPL” = *non-performing loan*. O “2” pode indicar uma segunda geração ou série desses fundos. Envolve riscos maiores, descontos maiores, demandas de cobrança maiores etc.
Inicialmente, era restrito a investidores qualificados e profissionais, mas regulamentações recentes têm aberto o acesso a investidores com menor volume de patrimônio. É essencial avaliar se a empresa ou o investidor tem apetite para risco de crédito, perfil de retorno esperado, liquidez necessária etc.
Risco de crédito (inadimplência dos sacados), risco de liquidez (dificuldade de resgatar cotas rapidamente), risco legal (cessão mal feita, notificações, garantias), risco operacional (gestão, cobrança), risco de concentração (dependência de poucos sacados) etc.
Verificar a reputação do gestor, análise de portfólio de recebíveis, estrutura legal/documental, taxas, classes de cotas, prazos, como será feita cobrança e provisões, se há seguro ou garantias, solicitar relatórios e transparência, etc.
Não. A cessão de recebíveis não é um empréstimo, então não se caracteriza como dívida no balanço. Porém, há impactos contábeis e fiscais a avaliar, que dependem da estrutura legal do contrato de cessão.
As cotas de FIDC seguem regras de tributação de renda fixa, Imposto de Renda, IOF se houver operações de curto prazo etc. Verifique regulamento, prazo, tipo de cotas.
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